2-Freud afirmou
em seu texto Psicologia das Massas e Análise do Eu que “...a psicologia individual
também é ao mesmo tempo psicologia social”. Antenado com essa teoria e prática,
o profissional deve estar atento a como o paciente interage com o social que o cerca
(família, escola, trabalho, política, cultura, etc) e como, a partir dessa
interação, vai se transformando e também pode transformar a sua comunidade mais
próxima ou de forma mais ampla. Dependendo da forma como ocorre essa interação,
ele pode adoecer com menos ou mais facilidade e pode também enfrentar com menor
ou maior difuculdade as causas socais de seu adoecimento.
3-A psicanálise
se posiciona frente ao que acontece na sociedade, colocando seus pontos de
vista sobre diversos temas que podem afetar a saúde mental do ser humano. Mesmo
havendo psicanalistas que apresentam posicionamentos políticos considerados mais
“à direita”, a grande maioria desses profissionais se posiciona à “esquerda”, entendendo
que dessa forma conseguem defender de maneira mais categórica e qualificada os
direitos da população, inclusive quanto ao aspecto da saúde mental.
4-Se há uma
política da psicanálise, que é a adesão do psicanalista à doutrina freudiana,
assim como sua defesa, pode-se considerar também que há uma psicanálise
política, tanto no consultório com o paciente, enlaçando subjetividade com
sociedade, assim como a psicanálise enquanto instituição posicionada socialmente
e ainda como psicanalista cidadão do mundo, posicionando-se social e politicamente.

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